quinta-feira, 17 de julho de 2025

Sophia Abrahão e Sérgio Malheiros se despedem da cachorrinha Lady e emocionam com relato nas redes sociais

Psicóloga especialista em luto, Natália Aguilar explica por que a perda de um animal de estimação pode ser tão dolorosa quanto a de um familiar


Atores lamentam a perda da cadelinha Lady. Foto: Reprodução das redes sociais


A atriz Sophia Abrahão comoveu os seguidores ao compartilhar uma homenagem à sua cachorrinha Lady, que faleceu recentemente. Ao lado do ator Sérgio Malheiros, ela expressou o impacto da perda: “Foi tudo como deveria ser. Sem sofrimento, apenas um dia internada e sendo impecável e forte até o fim. A gente te ama demais… Sua falta é devastadora em casa”.

O desabafo, publicado nas redes sociais, reacende um tema delicado e pouco debatido: o luto por animais de estimação. Para a psicóloga Natália Aguilar, especialista em luto, essa dor é legítima e precisa ser acolhida com sensibilidade. “O vínculo com um pet é uma relação de amor puro, presença constante e apoio emocional. Quando um animal parte, o impacto pode ser tão intenso quanto a perda de um ente querido”, explica.

Ainda segundo a psicóloga, um dos maiores desafios enfrentados por quem vive esse tipo de luto é a falta de acolhimento social. “Muitas pessoas ouvem frases como ‘era só um cachorro’ ou ‘compra outro’, o que pode gerar ainda mais sofrimento. Validar essa dor é essencial para a elaboração saudável do luto”, completa.

Dica de leitura: um livro para acolher crianças e adultos

Para ajudar a lidar com a perda de um animal, a atriz e risoterapeuta Gabriela Roncatti lançou o livro "Di, o cachorro pula-pula", inspirado em sua vivência com seu cãozinho Di. A obra conta de forma leve, sensível e divertida a história de um cachorrinho cheio de energia que, após partir, “virou estrelinha”.

O Di me ensinou sobre amor e alegria. Quando ele se foi, nasceu o desejo de transformar essa dor em carinho, em história, em presença. Esse livro é uma homenagem a ele e a todos os amigos que estão morando com ele na estrelinha mais linda do universo”, conta Gabriela.

O livro é publicado pela Casa Editorial e está disponível em versão impressa e em audiobook, com narração da própria autora no Spotify. Apesar de ser uma obra voltada para o público infantil, sua linguagem acolhedora também toca profundamente os adultos. “É um livro para famílias que perderam seus bichinhos e querem falar sobre isso com as crianças de forma amorosa. Mas é, principalmente, um livro sobre amor que continua, mesmo depois da partida”, afirma a autora.

Na dedicatória, Gabriela Roncatti escreve: “O Di dedica este livro a todos os seus amigos que estão morando com ele na estrelinha mais linda deste universo… um céu que é puro amor cheio de biscoito”.


Socialização felina: como o cuidado emocional transforma a vida de gatos resgatados e aumenta as chances de adoção

Histórias como as das gatinhas Brenda e Denise mostram que escuta, paciência e respeito ao tempo do animal fazem toda a diferença


Gatinha Brenda foi amor à primeira vista. Foto: Divulgação


A adoção da gatinha Brenda foi amor à primeira vista. Jaqueline Rufino, cientista de dados, buscava uma gata preta e adulta quando conheceu a ONG Confraria dos Miados e Latidos, que descrevia a gatinha como “tímida e medrosa”. Experiente com felinos, já no 15º gato, Jaqueline sabia o que esperar. “Se ele (o gato) é tímido, ele é tímido e ponto final”. Mas a tutora se surpreendeu. No primeiro dia que fomos para casa, em vez de se esconder, explorou o novo quarto, aprendeu a abrir a porta e tomou conta da casa: “Introdução? Não teve, ela tomou conta da casa como se tivesse nascido aqui”.

Apesar do início destemido, a socialização exigiu respeito e paciência. “Foi complicado andar pela casa com ela, já que ela realmente é medrosa e tem uma grande dificuldade em dividir o espaço com a gente, então eu dei espaço pra ela. Até hoje ela foge quando a gente tá atravessando o corredor e não fica no colo mais que 30 segundos, mas eu escolhi esperar ela. Seguimos todos os conselhos da ONG e demos todos os petiscos que ela quis”, conta. Hoje, mesmo sem gostar de colo, Brenda mia pedindo carinho, “amassa pãozinho” nas cobertas e já brinca com os outros gatos da casa. “Eu diria que o maior conselho é amor, carinho e respeito. Respeitar o espaço do gatinho e esperar o tempo deles é o melhor conselho, mas também recomendo churu e petiscos!”.

Um outro exemplo é a gatinha Denise. Chegou ao abrigo da ONG extremamente arisca e se escondia ao menor sinal de aproximação. Com o trabalho de socialização, o apoio de uma veterinária comportamentalista e o respeito ao seu ritmo, ela passou a aceitar carinhos na cabeça — ainda com reservas, mas demonstrando bem-estar e segurança. A expectativa é que, em breve, ela encontre um lar que compreenda e acolha sua personalidade.

Segundo a Confraria dos Miados e Latidos, o trabalho de socialização aumenta significativamente as chances de adoção. Por isso, o acolhimento na ONG inclui cuidados veterinários e suporte emocional. "Entendemos que um animal saudável é aquele que vive bem no corpo e na mente. E muitos dos nossos gatinhos hoje carinhosos e confiantes já foram, um dia, tímidos e inseguros”, afirma Laís Piccolo, coordenadora de Adoções da ONG Confraria dos Miados e Latidos. 

Processo de socialização pode levar mais de 3 meses

Nem todo gato resgatado está pronto para o colo. Muitos chegam aos abrigos assustados, com sinais de traumas e precisam de um processo cuidadoso e contínuo de socialização para voltarem a confiar em humanos. Esse histórico pode gerar dificuldades para se socializar mesmo em ambientes seguros. Na ONG Confraria dos Miados e Latidos, que hoje acolhe mais de 50 gatos tímidos ou temperamentais, esse trabalho vai além do cuidado físico, envolve escuta, paciência e um olhar atento para a linguagem corporal dos felinos.

Segundo a médica veterinária e especialista em comportamento felino que atua voluntariamente na socialização dos gatos da ONG, Débora Paulino, cada gato possui particularidades genéticas e cognitivas que influenciam suas respostas ao novo ambiente. “Assim como uma pessoa pode se ‘acostumar’ com algo que não faz bem à saúde emocional, os gatos também. Importante dizer que a capacidade para aprender e se acostumar existe, assim como a mesma pode ser direcionada para ‘desaprender’ e desacostumar”. Para ajudá-los no processo de socialização, Débora destaca sinais que indicam avanço na confiança, como expressão corporal relaxada, aceitação de comida na presença do tutor, uso da caixa de areia, brincadeiras e aproximações sutis com interesse.

O processo de socialização deve respeitar o tempo de cada animal, podendo levar até três meses (mas não é regra e cada animal tem seu tempo) para que ele se sinta parte do novo lar. “A socialização é estruturada em cinco pilares e não em cinco minutos! A evolução para cada pilar depende de vários fatores, alguns do gato, outros do ser humano e outros do ambiente”, afirma a veterinária, listando fatores como preparação do ambiente, troca olfativa, brincadeiras com troca de olhares, contato corporal supervisionado e rodízio dos espaços. 

Ao longo do processo de socialização, Débora destaca alguns sinais importantes, como:

  • Piscar lentamente: indica confiança e tranquilidade.

  • Postura encolhida e orelhas para trás: sinal de tensão ou medo.

  • Lambidas frequentes no focinho: costumam indicar desconforto ou indecisão.

  • Rabo esticado e leve tremor na ponta: geralmente sinal de curiosidade.

  • Fugir ou se esconder ao ouvir passos: medo ainda presente.

A especialista reforça que socializar um gato facilita sua adaptação e contribui para adoções mais responsáveis. “A socialização nos mostra o potencial e o perfil de comportamento daquele gatinho. O gato pode ficar arisco novamente se ele for para uma casa que não está sendo um verdadeiro lar para ele, pois o lar caracteriza o espaço de acolhimento, segurança, compreensão e livre de medo. Então o ambiente faz a total diferença para o comportamento deles gato, se ele se sente vulnerável e com medo, ele vai ter respostas comportamentais proporcionais a isso, como se tornar agressivo, podendo urinar fora do lugar, ficar o dia todo escondido, não comer entre outras mudanças comportamentais”. Mais informações em www.miadoselatidos.org.br@cmiadoselatidos

Sobre a Confraria dos Miados e Latidos

A ONG atua com excelência e profissionalismo na proteção animal desde 2007, tendo viabilizado nesse período a adoção responsável de mais de 5 mil animais e a castração de mais de 16 mil. Seu trabalho é focado na castração, como um dos pilares fundamentais da Saúde Única (saúde animal-humana-ambiental), no resgate e adoção responsável e na produção de conteúdo educativo para o público em geral.


terça-feira, 15 de julho de 2025

Mortes de cavalos por ração contaminada acendem alerta sobre segurança alimentar animal

Cavalos são animais extremamente sensíveis a erros alimentares


Cavalos são animais extremamente sensíveis a erros alimentares. Foto: Divulgação

Nos últimos meses, o Brasil acompanhou a notícia de centenas de cavalos mortos em diferentes regiões do país. Os animais, muitos deles de alto valor genético e econômico, foram vítimas de um inimigo silencioso: a ração contaminada. 

O episódio, ainda sob investigação, acendeu um alerta vermelho sobre os cuidados na produção, armazenamento e distribuição de alimentos para equinos.

Quando falamos em ração, estamos falando de alimento. E alimento, seja para humanos ou animais, precisa ser produzido com rigor técnico e sanitário absoluto”, destaca a veterinária Paula Eloize, especialista em segurança dos alimentos e consultora de indústrias do setor.

O perigo invisível nas rações

Cavalos são animais extremamente sensíveis a erros alimentares. A planta do gênero Crotalaria, por exemplo, é tóxica para diversas espécies, mas os cavalos são particularmente sensíveis.

Mesmo pequenas quantidades de alcalóides pirrolizidínicos podem desencadear um quadro agudo de intoxicação, com sintomas como apatia, falta de coordenação, icterícia e, em muitos casos, morte súbita.

A grande dificuldade é que o criador não consegue identificar a contaminação a olho nu. Os lotes de ração podem aparentar estar em perfeitas condições, mas a toxina já está presente e agindo no organismo do animal”, explica Paula Eloize.

Além disso, a presença de fungos e toxinas naturais, oriundos de matérias-primas mal armazenadas, representa outro risco frequente.

Uma contaminação pode ocorrer de forma cruzada, quando uma fábrica que produz ração para diferentes espécies não realiza uma limpeza adequada entre os lotes. Basta uma falha no processo para transformar o alimento em veneno”, explica Paula Eloize.

Segundo ela, é comum que produtores confiem apenas na reputação da marca, mas isso não é suficiente: “O criador precisa exigir laudos de análises, conhecer a procedência das matérias-primas e entender se a indústria segue programas de controle de qualidade. Segurança não pode ser terceirizada”, acrescenta.

As 4 orientações da especialista para criadores e haras

Para evitar que tragédias como essa se repitam, Paula Eloize compartilha cinco recomendações essenciais para quem lida com equinos:

1. Exija rastreabilidade completa

Quando você compra uma ração, não está adquirindo apenas um saco de alimento: está assumindo toda a cadeia de produção que está por trás dele”, afirma Paula Eloize.

Por isso, a especialista recomenda exigir que cada lote seja claramente identificado, com data de fabricação, validade e códigos que permitam rastrear desde a origem das matérias-primas até o produto final.

Além disso, é essencial que o fabricante disponibilize laudos laboratoriais atualizados, comprovando que o alimento está livre de micotoxinas, metais pesados e substâncias tóxicas para cavalos, como ionóforos e alcalóides de plantas daninhas. 

Esses laudos são como a identidade da ração. Sem eles, você está comprando no escuro”, alerta Paula.

2. Armazene corretamente

Mesmo que a ração saia perfeita da fábrica, o armazenamento inadequado pode transformar um alimento seguro em um risco potencial. “Umidade, calor e pragas como roedores e insetos são os maiores inimigos da qualidade”, explica Paula Eloize.

Ela orienta que o depósito de ração seja mantido em local ventilado, seco, limpo e protegido da luz solar direta, com os sacos afastados do chão por meio de pallets. 

Cavalos são extremamente sensíveis a alterações na qualidade da ração. Por isso, cuidar do armazenamento é tão importante quanto escolher o fornecedor certo”, complementa.

3. Capacite a equipe

De nada adianta investir na melhor ração do mercado se a equipe não sabe manuseá-la corretamente”, destaca Paula. Muitos erros acontecem porque funcionários misturam rações de espécies diferentes, reutilizam sacolas contaminadas ou ignoram sinais de deterioração.

A especialista recomenda treinamentos periódicos para que todos saibam separar os lotes por espécie e data, identificar alterações de cheiro, cor ou presença de insetos, e higienizar o ambiente de armazenamento adequadamente. 

Esses cuidados simples podem evitar perdas enormes, tanto de vidas quanto financeiras”, enfatiza.

4. Observe sinais precoces nos animais

Por fim, Paula reforça a importância de observar o comportamento dos cavalos todos os dias.

Eles não conseguem falar, mas mostram no corpo quando algo não vai bem”, diz.

Entre os principais sinais de alerta estão a falta de apetite ou recusa da ração, apatia, fraqueza, sudorese excessiva, tremores musculares e dificuldade de locomoção.

Caso qualquer um desses sintomas seja percebido, suspenda imediatamente a ração e busque orientação veterinária. Nessas situações, cada minuto faz diferença”, orienta Paula.

Um alerta para o futuro

Para Paula, o caso recente deve servir como um divisor de águas no Brasil:

É preciso parar de tratar a segurança alimentar como um detalhe. Na cadeia produtiva, cada elo importa. Do agricultor que planta o milho até o haras que alimenta o cavalo, todos precisam entender que vidas e fortunas dependem desse cuidado”, conclui.

Enquanto criadores lamentam as perdas e autoridades investigam responsabilidades, a lição permanece: na nutrição animal, não há espaço para erros.


domingo, 13 de julho de 2025

Medicina veterinária preventiva: benefícios além da saúde animal

Prevenção promove qualidade de vida às famílias multiespécies, sustentabilidade ao setor e colabora com a saúde pública


A prevenção reduz custos, melhora resultados e fortalece o vínculo entre tutores e veterinários. Foto: Divulgação

Prevenir é melhor do que remediar – o sábio ditado popular aplica-se também à saúde animal e segue mais verdadeiro do que nunca. Em um cenário em que os pets vivem mais e fazem parte do núcleo familiar, crescem as demandas por bem-estar e longevidade, e a medicina veterinária preventiva emerge como pilar estratégico não apenas para responsáveis (tutores) e profissionais, mas para todo o ecossistema de saúde.

Ao antecipar doenças e promover hábitos mais saudáveis para os animais de estimação, a prevenção reduz custos, melhora resultados terapêuticos e fortalece o vínculo entre responsáveis e médicos-veterinários. Mais do que uma tendência, trata-se de uma necessidade alinhada também ao conceito de Saúde Única (One Health), que reconhece a interdependência entre a saúde humana, animal e ambiental.

O que é medicina veterinária preventiva?

Consultas veterinárias regulares, exames de rotina, monitoramento da saúde bucal, acompanhamento nutricional, vacinação e vermifugação com protocolos personalizados, controle de parasitas, avaliação de comportamento, orientações sobre atividade física e enriquecimento ambiental, além de suporte ao envelhecimento saudável, são algumas das práticas que compõem a medicina veterinária preventiva. Essa rotina contribui para a identificação precoce de condições de saúde que muitas vezes não apresentam sintomas evidentes, como insuficiência renal, distúrbios endócrinos, obesidade, alterações oculares, doenças cardíacas e articulares. O diagnóstico antecipado possibilita intervenções mais eficazes, com menores impactos à saúde e melhor qualidade de vida para os pacientes. 

Além disso, práticas preventivas personalizadas, como a medicina baseada em genética, exames de rastreio de comorbidades, fisioterapia preventiva e de suporte e técnicas integrativas já são realidade em muitos hospitais e clínicas veterinárias brasileiras, promovendo saúde integral e individualizada para cada pet.

Na prática clínica, frequentemente são detectadas alterações nos exames de pets que, aos olhos do responsável, estavam perfeitamente saudáveis. Muitas doenças renais, hepáticas, cardíacas e endócrinas evoluem de forma silenciosa e só apresentam sinais quando estão em estágio avançado. A medicina preventiva permite ao veterinário agir antes que a doença comprometa a qualidade de vida do animal”, explica a médica-veterinária e country manager da VetFamily no Brasil, Stella Grell.


A medicina preventiva também traz benefícios emocionais. Foto: Divulgação


Benefícios para as famílias multiespécies

Animais que recebem cuidados preventivos tendem a ser mais saudáveis, ativos e felizes. Isso reflete diretamente no convívio diário, fortalecendo o vínculo entre pets e familiares e promovendo um ambiente mais harmonioso em casa”, destaca Stella. Doenças não diagnosticadas ou falta de tratamento adequado podem contribuir para alterações no comportamento, como agressividade, ansiedade e depressão, afetando a qualidade de vida do pet e a relação com seus responsáveis e com outros animais.

Para os responsáveis, a medicina preventiva também traz benefícios emocionais. Saber que seu animal está saudável e bem cuidado reduz a ansiedade e o estresse associados a problemas de saúde, a uma possível perda precoce do pet e a gastos não previstos.

Embora essencial, a medicina veterinária preventiva ainda encontra barreiras em responsáveis que não compreendem que um check-up regular custa muito menos do que tratar uma doença avançada — e pode ser a diferença entre meses de sofrimento e uma vida saudável e ativa. “Prevenir é sempre mais econômico do que tratar. Um check-up anual, por exemplo, pode custar menos de 50% de uma diária de internação emergencial. A vacinação em dia evita doenças graves como cinomose, parvovirose, leptospirose e rinotraqueíte, que exigem internações prolongadas e riscos à vida dos animais”, argumenta Stella.

Protagonismo veterinário

Do ponto de vista da gestão veterinária, a medicina preventiva traz previsibilidade financeira, fidelização de clientes e diferenciação no mercado. “Clínicas e hospitais que estruturam programas de prevenção conseguem reduzir emergências, manter o fluxo constante de atendimentos e se posicionar como centros de saúde de confiança”, destaca o médico-veterinário e diretor comercial da VetFamily no Brasil, Fabiano de Granville Ponce.

Para que a medicina preventiva se torne a norma — e não a exceção —, é fundamental ampliar o repertório de conhecimento técnico entre os profissionais e investir na formação de uma cultura de cuidado contínuo. Ferramentas como prontuários eletrônicos, programas de fidelidade, tratamentos inovadores e educação continuada são aliados importantes para implementar uma estrutura de medicina veterinária preventiva de forma escalável e sustentável.

A VetFamily, comunidade internacional criada por médicos-veterinários, tem como objetivos fomentar o segmento veterinário por meio de parcerias estratégicas que facilitem o desenvolvimento técnico e administrativo dos médicos-veterinários e promovam o acesso a soluções, tecnologias, produtos, medicamentos e vacinas de ponta. “A prevenção é uma das estratégias mais eficazes para a sustentabilidade das clínicas e hospitais veterinários e para o fortalecimento do vínculo com os responsáveis. Por isso, a VetFamily, em parceria com a indústria farmacêutica e com os membros da comunidade, promove a medicina preventiva e investe em campanhas de saúde com o intuito de informar e auxiliar responsáveis na detecção precoce de doenças e na necessidade de prevenção, além, é claro, de ressaltar a real importância do médico-veterinário na saúde coletiva”, esclarece Ponce.

O impacto sistêmico da prevenção

A medicina veterinária preventiva também desempenha papel educativo e prático na saúde pública e ambiental. O controle de parasitas, a vacinação e o uso racional de antimicrobianos não apenas protegem os animais, mas evitam a propagação de zoonoses e colaboram no combate à resistência antimicrobiana — um dos maiores desafios globais em saúde atualmente.

A prevenção na veterinária está intrinsecamente ligada ao conceito de Saúde Única. Cada vacina aplicada, cada responsável orientado, cada protocolo de bem-estar implementado nas clínicas tem um reflexo direto na saúde da sociedade como um todo”, reforça Ponce.

A medicina veterinária preventiva não é apenas uma ferramenta de cuidado: ela é uma estratégia ética, econômica e técnica para garantir mais anos de vida saudável aos pets, mais tranquilidade aos responsáveis e mais relevância para o profissional veterinário. Prevenir é, cada vez mais, a melhor forma de cuidar.

Fonte: VetFamily


Saúde animal: exames periódicos em pets podem identificar doenças precocemente

Uso de agulha de calibre fino na coleta de sangue pode amenizar o desconforto nos animais de estimação


Exames regulares identificam e previnem problemas de saúde. Foto: Pixabay


Os exames periódicos de saúde em animais de estimação são essenciais para garantir saúde e bem-estar a longo prazo. Assim como nós, os animais também podem desenvolver problemas de saúde e exames regulares podem identificar esses problemas, permitindo tratamento adequado e prevenindo complicações, que podem ser irreversíveis dependendo da complexidade.

Geralmente, os exames variam conforme a idade, raça e o histórico de saúde do pet, que pode ser gato, cachorro, passarinho, galinha, cavalo, entre outros, e incluem exames físicos (anormalidades na pele, problemas dentários, dores nas articulações, etc), exames de sangue (anemia e diabetes) e urina (problemas renais ou metabólicos), testes de detecção de parasitas e de imagens, como radiografias e ultrassonografias, por exemplo. 

De acordo com Samanta Cardoso da Silva, médica veterinária da BeCare UTI Veterinária, é recomendado que os responsáveis pelo pet façam a vacinação regular e exames periódicos, em média, uma vez por ano, identificando de forma precoce possíveis doenças. “Desde o primeiro ano de vida do seu animal ele pode e deve passar por avaliação veterinária e exames laboratoriais. Com certeza, com o passar dos anos, esse controle deve ser mais intensificado, pois assim como nós, os animais chegam na fase geriátrica e devem ser acompanhados com maior frequência”.

Porém, em alguns momentos, a realização de exames laboratoriais são ainda mais necessários, como antecedendo procedimentos cirúrgicos, procedimentos invasivos ou situações em que o paciente necessita de sedação ou anestesia. “Ou também quando o animal apresenta alterações que gerem uma suspeita de alguma doença que não possa ser identificada no exame físico ou, até mesmo, quando já diagnosticada a enfermidade, como parte complementar para a escolha do tratamento ideal (medicações, condutas, etc)”, complementa a veterinária.

 

Vacinação regular mantém a saúde do pet. Foto: Pixabay


Samanta também explica que os laboratórios de análises tendem a trabalhar com exames de “check-up”, que facilitam a rotina clínica e identificam de forma eficaz problemas de saúde do pet. Os mais pedidos são hemograma, bioquímico, albumina, ALT, creatinina, uréia, glicose, entre outros. “Na rotina com pacientes mais críticos usa-se muito a hemogasometria que, além de mostrar os eletrólitos (como potássio, cálcio ionizado e sódio), nos mostra também as concentrações de gases no sangue, das proporções de oxigênio, além de auxiliar na avaliação de distúrbios do equilíbrio ácido-base”.

Como é a coleta de sangue em pets?

A coleta de sangue em animais de estimação é a hora mais temida pelos tutores. Geralmente, o procedimento é rápido e envolve o uso de agulhas e equipamentos específicos projetados para garantir a segurança e o conforto do animal, conforme afirma Samanta. “A coleta é um procedimento simples e rápido, geralmente feito por um veterinário experiente e um assistente. Na prática, é puncionada a veia jugular,  veia cefálica (no membro anterior) ou a veia femoral (na região da coxa), na qual temos agulhas de diversos tamanhos, geralmente de calibre fino, desde a agulha roxa, que é para animais PP, até a agulha cinza e verde que é para os de médio e grande porte”. 

Para realizar o procedimento, a FirstLab, fabricante brasileira de produtos para laboratório, possui uma variedade de materiais de alta qualidade para atender o público pet. Na coleta de sangue, a empresa oferece para clínicas e hospitais veterinários agulhas de diversos tamanhos, para animais pequenos, médios e grandes, além de torniquetes descartáveis, escalpes, seringas, tubos de coletas e lancetas. Também, em seu portfólio, a FirstLab apresenta outros produtos, como agitadores e centrífugas, coleta de fezes e urina, descartes, E.P.I, microbiologia, micropipetas e pipetas, microplacas e tubos, microscopia e histologia, ponteiras, urinálise, racks e estantes. 

"Na FirstLab estamos dedicados a proporcionar soluções que cuidam tanto da saúde humana quanto da saúde veterinária, garantindo sempre qualidade e segurança", explica a assessoria científica da FirstLab, Vitoria Repula. 

Fonte: https://portal.firstlab.ind.br/


quarta-feira, 9 de julho de 2025

Organizações de defesa animal comemoram aprovação de Projeto que proíbe testes de cosméticos em animais

Proposta segue para sanção do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, etapa final para virar lei no País


Petição online da Change.org Brasil teve mais de 1,6 milhão de assinaturas pedindo o fim da testagem em animais. Foto: Reprodução da Internet


A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta (09), o Projeto de Lei 3062/2022, que coloca fim à testagem de cosméticos em animais. Organizações como Change.org Brasil, Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, Proteção Animal Mundial, Fórum Animal, Mercy for Animals e Humane World for Animals celebram a aprovação considerando uma vitória histórica fruto de esforço coletivo – envolvendo organizações da sociedade civil, entidades técnicas e setores da indústria comprometidos com a ciência ética e o progresso. 

Nos últimos dias, as organizações realizaram campanha de mobilização, com apoio de artistas, como Xuxa e Maitê Proença, para sensibilizar parlamentares sobre a proibição desta prática. Outra atividade, foi a entrega de petição online com mais de 1,6 milhão de assinaturas pedindo o fim da testagem em animais. 

Acreditamos que os parlamentares ouviram a voz do povo, que clama pelo fim desta crueldade contra os animais. Segundo o Datafolha, oito em cada dez brasileiros apoiam a proibição de venda de cosméticos testados em animais. É hora de mudar”, afirma Monica Souza, diretora da Change.org Brasil

O projeto foi inicialmente apresentado em 2013, era frágil e repleto de lacunas. Foram oito anos de debates somente no Senado Federal para chegar a um texto sólido, que não só proíbe os testes, mas também a comercialização de produtos cosméticos testados em animais.

O Brasil está a um passo de se juntar às nações que colocaram um fim definitivo a essa prática cruel e ultrapassada. Agora, aguardamos com grande expectativa a sanção presidencial. Estamos prontos para celebrar o fim dos testes em animais para cosméticos em nosso país”, celebra Antoniana Ottoni, especialista sênior de Relações Governamentais da Humane World for Animals.

Para a organização, a conquista histórica se deve à aprovação de um texto verdadeiramente robusto, que cumpre de forma efetiva o propósito de proibir todos os testes em animais para cosméticos no Brasil. 

A proibição dos testes cosméticos em animais representa um grande progresso para a causa animal no Brasil. A decisão estabelece um importante precedente e assim abre caminho para novos avanços, além de aproximar o Brasil dos países que estão na vanguarda da proteção animal”, afirma George Sturaro, diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas da Mercy For Animals no Brasil.

A aprovação deste Projeto de Lei representa um consenso entre a sociedade civil, a comunidade científica e a indústria de cosméticos. É um avanço significativo na defesa dos animais, que não serão mais submetidos à crueldade em nome da vaidade humana”, Ana Paula de Vasconcelos, do Fórum Animal.

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Exposição global denuncia os graves problemas da produção industrial de ovos

No Brasil, cerca de 90% das galinhas poedeiras passam toda a vida adulta confinadas em pequenas gaiolas


Sinergia Animal faz ação de conscientização pelas galinhas confinadas. Foto: Divulgação


A organização Sinergia Animal levou às ruas de São Paulo a maior exposição fotográfica já realizada sobre a produção de ovos de galinhas em gaiolas. A instalação visual contou com 37 banners, cada um com 2 metros de altura, formando um corredor que convidou os pedestres a uma experiência marcante. Cada banner exibiu uma imagem real e chocante de galinhas presas em gaiolas, captadas em 37 diferentes países ao redor do mundo.

Essa é a mais abrangente coleção global de imagens que documentam o sofrimento das galinhas poedeiras”, disse Carolina Galvani, diretora executiva internacional da Sinergia Animal. “É uma realidade chocante, mas necessária, e envia um recado claro às empresas de alimentos: as pessoas não querem crueldade escondida atrás da comida que consomem”. 

As fotos exibidas na instalação foram obtidas por membros da Open Wing Alliance, uma coalizão global que reúne mais de 90 organizações de proteção animal de diversos países. A Sinergia Animal contribuiu com imagens impactantes de vários locais. A exposição faz parte de uma campanha global pelo fim do uso das cruéis gaiolas em bateria, que confinam galinhas em espaços menores do que uma folha de papel.

Durante a exposição, os ativistas da Sinergia ofereceram fones de ouvido com um áudio narrativo descrevendo o que acontece com os animais nas gaiolas. A organização espera usar essa importante exposição para lançar luz sobre uma realidade cruel ligada a um alimento que muitos consumidores raramente param para refletir.

Uma iniciativa global contra promessas não cumpridas

No Brasil, cerca de 90% de todas as galinhas poedeiras passam toda a vida adulta confinadas em pequenas gaiolas onde mal conseguem caminhar ou abrir completamente as asas. Essa prática é considerada uma das formas mais cruéis de exploração animal da atualidade.

Mais de 2.000 empresas em todo o mundo já assumiram compromissos para adotar sistemas livres de gaiolas em suas cadeias de fornecimento, graças ao trabalho da Open Wing Alliance. No entanto, grandes empresas como o grupo hoteleiro Marriott International— dona das redes Renaissance,  Sheraton e Westin— estão ficando para trás em suas promessas, falhando em cumprir prazos ou em divulgar publicamente a conclusão de seus processos de transição.

Não podemos permitir promessas vazias,” afirmou Carolina da Sinergia Animal. “As empresas devem ser responsabilizadas. Cada ano de atraso representa milhões de galinhas presas em confinamento extremo. Essa é uma questão urgente de responsabilidade corporativa e de bem-estar animal”.

Vídeos das granjas de ovos disponíveis aqui: https://investigations.openwingalliance.org/realcostofeggs/ 

Sobre a Sinergia Animal:
A Sinergia Animal é uma organização internacional de proteção animal que atua no Sul Global para acabar com as piores formas de crueldade animal nos sistemas alimentares. A organização é membro da Open Wing Alliance, uma coalizão dedicada a acabar com o uso de gaiolas para galinhas poedeiras em todo o mundo.

 

sábado, 5 de julho de 2025

Shopping Metropolitano Barra realiza Feira de Adoção Pet neste sábado

Em parceria com a ONG Adoção Carioca, o evento gratuito acontece sempre no primeiro sábado do mês, entre 14h e 18h

 

Famílias interessadas em adotar passam por uma triagem e recebem orientações. Foto: Divulgação

Neste sábado (5), o Shopping Metropolitano Barra promove mais uma edição da Feira de Adoção Pet, em parceria com a ONG Adoção Carioca. O evento acontece sempre no primeiro sábado de cada mês, no 2º piso (em frente à loja Alô Bebê, das 14h às 18h, com entrada gratuita.

A ação faz parte de um compromisso contínuo com o bem-estar de cães e gatos. Além de ajudar na busca por um lar para os pets, o evento sensibiliza o público sobre a importância da adoção responsável e do carinho que esses animais têm a oferecer.

Famílias interessadas em adotar passam por uma triagem simples e recebem todas as orientações necessárias para garantir a segurança e o cuidado com o novo companheiro. É uma oportunidade para dar um novo começo a quem tanto precisa — e, quem sabe, voltar para casa com um novo melhor amigo.

Serviço:

Feira de Adoção Pet no Shopping Metropolitano

Data: 5 de julho (sábado)

Horário: 14h às 18h

Entrada gratuita

Local: 2º piso (em frente à loja Alô Bebê)

O Shopping Metropolitano Barra fica na Av. Embaixador Abelardo Bueno, 1300 – Barra Olímpica, Rio de Janeiro – RJ. Telefone: (21) 3095-9044. E-mail: espacocliente@shoppingmetropolitanobarra.com.br


sábado, 28 de junho de 2025

Inovação tecnológica também late, mia e responde por comando de voz

Quem adota essas soluções percebe impactos reais não apenas na saúde física dos animais, mas também no equilíbrio emocional deles


Inovação tecnológica transforma a forma como os tutores interagem com seus animais. Foto: Freepik

O setor pet no Brasil, terceiro maior do mundo segundo o Instituto Pet Brasil (IPB), está vivendo uma revolução tecnológica que vai além da venda de rações e brinquedos. A inovação tem transformado a forma como os tutores interagem com seus animais e como empresas prestam serviços de saúde, bem-estar e monitoramento. De assistentes virtuais a plataformas de gestão de clínicas veterinárias, a digitalização do segmento sinaliza uma nova era de personalização e eficiência no cuidado animal.

De acordo com o Censo Pet IPB 2022, o Brasil tem cerca de 149,6 milhões de animais de estimação. O volume expressivo impulsiona um mercado que movimentou R$ 60 bilhões em 2023, segundo a Abinpet. Dentro dessa cifra, os serviços representam uma fatia crescente, puxada por demandas mais sofisticadas de tutores que tratam seus pets como membros da família. Nesse contexto, a tecnologia passou de coadjuvante a protagonista.

Segundo o relatório global The Rise of Pet Care Technology, da TGM Research, o mercado de “Pet Tech” movimentou US$ 10,5 bilhões em 2023 e deve crescer a uma taxa média de 13,5% ao ano até 2032. Os destaques incluem aplicativos de agendamento, coleiras com sensores de saúde, câmeras com comunicação remota e até inteligência artificial para personalização de planos alimentares e rotinas de adestramento.

A tecnologia aproxima, facilita e torna o cuidado mais preciso. Quem adota essas soluções percebe impactos reais não apenas na saúde física dos animais, mas também no equilíbrio emocional deles”, afirma André Faim, empreendedor do setor e cofundador da rede Lobbo Hotels e da plataforma Trabalhe pra Cachorro.

Entre as soluções inovadoras aplicadas no Brasil, destaca-se a Ivete IA, assistente virtual criada pela Trabalhe pra Cachorro. O sistema utiliza inteligência artificial para lembrar vacinas, sugerir atividades e até ajudar em emergências, com base em interações via WhatsApp. A automação também chegou aos serviços de hospedagem: em creches e hotéis como os da Lobbo, tutores acompanham seus cães por câmeras ao vivo e recebem relatórios de comportamento e alimentação direto no celular.


Sistema utiliza inteligência artificial para lembrar vacinas, sugerir atividades e até ajudar em emergências. Foto: Freepik

Transformação nos serviços veterinários

A transformação digital também atingiu clínicas veterinárias, que passaram a adotar prontuários eletrônicos integrados, sistemas de triagem por telemedicina e plataformas de marcação de consulta com histórico compartilhado. Além de melhorar a gestão, essas ferramentas ajudam a prevenir doenças e reduzem falhas no atendimento.

De acordo com o IBGE, o número de micro e pequenas empresas formais voltadas ao setor pet cresceu 35% entre 2020 e 2023. Muitas dessas empresas operam exclusivamente em ambiente digital, oferecendo desde consultas remotas até serviços de delivery de alimentação natural.

Comportamento e alimentação sob monitoramento

Coleiras inteligentes e dispositivos vestíveis (wearables) vêm ganhando espaço no Brasil. Equipados com sensores, esses gadgets monitoram batimentos cardíacos, temperatura, níveis de atividade e padrões de sono dos pets. Os dados são transmitidos em tempo real para aplicativos móveis, que alertam os tutores sobre alterações comportamentais e riscos à saúde.

Segundo estudo publicado pela American Veterinary Medical Association (AVMA), tutores que usam ferramentas de monitoramento digital têm 32% mais chances de identificar precocemente doenças em seus animais. Isso reduz os custos com tratamentos e aumenta a expectativa de vida dos pets.

Na alimentação, o uso de inteligência artificial para sugerir dietas personalizadas — considerando raça, idade, peso e condições médicas — já é realidade em startups brasileiras. Os algoritmos também ajudam a recomendar suplementos funcionais e controlar a ingestão de calorias, reforçando o conceito de nutrição preventiva.

Apesar do avanço, a adoção de tecnologias enfrenta desafios estruturais, como a qualificação profissional e a conectividade em áreas periféricas. “Não basta digitalizar. É preciso treinar as equipes e garantir que o uso da tecnologia esteja a serviço da saúde animal, e não apenas da automação operacional”, observa Faim.

Empresas que souberem equilibrar tecnologia, empatia e informação tendem a se destacar. O uso de conteúdo educativo, como vídeos explicativos e orientações por aplicativos, também tem papel relevante na fidelização dos tutores. Um levantamento feito pela Euromonitor em 2024 apontou que 62% dos brasileiros preferem marcas que oferecem suporte digital e conteúdo informativo constante.

Com a personalização como palavra de ordem, o mercado pet entra definitivamente na era dos dados. A revolução já começou,  e ela late, mia e responde por comando de voz.

Fonte: Trabalhe pra Cachorro


quinta-feira, 26 de junho de 2025

Ansiedade em pets: como identificar e ajudar seu animal de estimação

Comportamentos ansiosos podem comprometer a rotina e qualidade de vida de cães e gatos, mas existem formas de prevenir e tratar


Mudanças de rotina podem causar ansiedade nos pets, consulte um veterinário. Foto: Divulgação


Cada vez mais inseridos na dinâmica familiar, os pets vivem rotinas que, em muitos casos, são marcadas por ausência prolongada dos tutores, mudanças de ambiente e estímulos variados. Esse contexto pode favorecer o desenvolvimento de quadros de ansiedade, tanto em cães quanto em gatos, afetando seu bem-estar e comportamento.

A ansiedade é uma das queixas comportamentais mais frequentes nas clínicas veterinárias. “É muito comum os tutores relatarem que o pet destruiu objetos, começou a vocalizar de forma excessiva ou a urinar em locais inadequados. Esses são sinais clássicos de que algo não está bem do ponto de vista emocional”, explica Bruna Isabel Tanabe, médica-veterinária e gerente de produtos da Pet Nutrition.

O quadro pode se manifestar de diversas formas, sendo a ansiedade de separação uma das mais comuns. Nesse cenário, o animal sofre intensamente quando se vê sozinho, mesmo que por curtos períodos. Além disso, mudanças bruscas na rotina, viagens, a chegada de um novo membro à família ou mesmo ruídos intensos — como fogos de artifício — podem desencadear comportamentos ansiosos.

Por isso, identificar a ansiedade exige observação atenta. Alguns pets tornam-se hiperativos, enquanto outros se retraem ou apresentam comportamentos compulsivos, como lamber insistentemente partes do corpo, como as patas, roer objetos ou até mesmo se automutilar. “Quando o tutor percebe mudanças comportamentais persistentes, é fundamental buscar a orientação de um profissional para identificar a causar e orientações de ajustes no manejo, rotina e hábitos diários”, recomenda Bruna.

O enriquecimento ambiental é uma das ferramentas mais eficazes para reduzir a ansiedade em pets. A oferta de brinquedos interativos, estímulos olfativos, circuitos de obstáculos e atividades físicas diárias contribuem para manter o animal mentalmente ocupado e fisicamente saudável. Para a profissional, “um pet que gasta energia de maneira saudável tende a apresentar níveis de ansiedade menores”.

Outra prática importante é a utilização de reforço positivo. O uso de petiscos como recompensa ajuda a estimular comportamentos desejáveis, além de fortalecer o vínculo entre o tutor e o pet. “Os snacks são poderosos aliados no treinamento e também no manejo da ansiedade. Eles oferecem um estímulo prazeroso e ajudam o pet a associar determinadas situações a experiências positivas”, explica Bruna.

Em casos mais graves, pode ser necessária a intervenção de um médico-veterinário especializado em comportamento animal, que poderá recomendar terapias comportamentais, o acompanhamento de um adestrador ou até mesmo o uso de medicamentos, sempre de forma criteriosa.

O mais importante é lembrar que a ansiedade, deve ser tratada, pois impacta diretamente a qualidade de vida do animal e da família. Com atenção, carinho, paciência e suporte profissional, é possível ajudar o pet a lidar melhor com suas emoções e proporcionar a ele uma vida mais equilibrada e feliz.

Em caso de dúvidas, consulte um veterinário de sua confiança.

Fonte: Pet Nutrition


terça-feira, 24 de junho de 2025

Concurso de Cãosplay da Cinesystem elege o cachorro mais parecido com Krypto

Vencedor poderá aproveitar um ano de cinema grátis, com acompanhante, e ainda levar pra casa um ano de produtos Natural Farm para o pet



Quando o trailer do novo “Superman”, que estreia no dia 10 de julho, foi exibido pela primeira vez, um coadjuvante roubou a cena: Krypto, o supercão! Conhecido no mundo dos quadrinhos e pra lá de fofo no live action, o mascote kryptoniano que carrega poderes como a capacidade de voar, super força e visão de calor promete ser a grande estrela do longa. Pensando nisso, a Cinesystem, quinta maior exibidora do país, que proporciona sessões mensais de cinema adaptadas para que cães e humanos possam aproveitar um filme juntos, se uniu à Natural Farm Pet, marca de mastigáveis naturais para cães, em uma missão muito especial: eleger o Cãosplay mais parecido com o Krypto! O tutor vencedor ganhará 1 ano de cinema grátis, com direito a acompanhante, e 1 ano de produtos Natural Farm para o pet!

Para participar, é simples: basta caprichar na caracterização do pet, tirar uma foto digna de cão herói e enviar para o SITE até o dia 27 de junho. A equipe da Cinesystem vai escolher os 30 cãosplays mais parecidos com o Krypto e as fotos finalistas serão publicadas em dois posts no feed da Cinesystem, com votação de 30/06 a 06/07. O resultado será anunciado no dia 07 de julho! 

Além da promoção, a rede também exibirá o novo “Superman” na sessão petfriendly no dia 19 de julho! O Cine Pets, que é realizado 1 vez por mês, se tornou um sucesso desde o lançamento e já levou milhares de tutores e seus melhores amigos de quatro patas para a frente das telonas.

Hoje em dia os pets fazem parte das famílias e os donos prezam por momentos que possam dividir com eles. Por isso o Cine Pets deu tão certo! E dessa vez será ainda mais especial, vamos celebrar uma amizade super poderosa e ainda presentear um cinéfilo com muitos ingressos e um cãozinho com petiscos”, pontua a Gerente de Marketing da Rede, Samara Vilvert.  

Como Funciona - Para que a experiência dos tutores e seus cachorros seja o mais prazerosa possível, a exibição conta com toda a adaptação necessária de som e luz, deixando o ambiente mais agradável aos olhos e ouvidos do pet, mas sem que os humanos percam a qualidade do filme. 

Existem também algumas regras para quem for participar. A primeira delas é que as poltronas são reservadas para os donos, os cachorros podem ficar no colo ou no chão. Estão liberados cães de pequeno e médio porte e que sejam sociáveis. Além disso, todos os animais precisam estar com as vacinas em dia e usar coleira. Ração e petiscos, assim como água - em recipientes adequados - são permitidos. 

Por fim, a dica é passear com o cachorro antes da exibição, para que depois ele aproveite o tempo na sala para descansar, e, se necessário, sair ao longo da exibição para que o pet possa fazer as necessidades.

Floral para gato estressado: será que funciona?

É de extrema importância detectar se há algum problema ou situação que esteja afetando o comportamento do bichano ou se essa é realmente sua personalidade


O floral de Bach pode ser utilizado para melhorar o estado emocional do gato. Foto: Pixabay


Os gatos são animais de personalidade muito forte, que gostam de impor suas vontades. Inclusive, alguns acabam ficando mais agitados e nervosos pelos mais variados motivos. Como nenhum tutor quer ver o pet vivendo assim, muitos pensam na possibilidade de oferecer floral para gato estressado

Um gato estressado pode perder qualidade de vida, o que afetará toda a família. Gatos que estão em condições de estresse têm maiores chances de adoecerem, devido à imunidade diminuída, tornando-se mais agressivos.

É de extrema importância detectar se há algum problema ou situação que esteja afetando o comportamento do bichano ou se essa é realmente sua personalidade. Em ambos os casos, é interessante buscar um suporte que não prejudique a saúde do pet. Entenda melhor como funciona o floral para gato estressado.

O que é floral?

O floral foi criado por um médico britânico homeopata chamado Edward Bach (por isso, muitos chamam de floral de Bach), com o intuito de beneficiar a saúde das pessoas. Hoje em dia, porém, também existe floral para animais.

Bach desenvolveu os florais a partir da essência de 38 plantas naturais com a intenção de tratar desequilíbrios psicológicos, possivelmente ligados a fatores emocionais, mentais e comportamentais.

A essência pode ser extraída da exposição das flores à luz do sol em um vidro com água mineral ou por ebulição, onde as flores são fervidas também em água mineral. Após alguns processos, a essência é diluída em uma solução hidroalcoólica.

Embora não faça mal à saúde, o floral para gato estressado ou para qualquer outra finalidade deve ser utilizado com cautela. Mesmo que natural, ainda é um produto que deve ser prescrito pelo médico-veterinário.

Em que situações o floral de Bach é indicado?

O floral de Bach pode ser utilizado para melhorar o estado emocional do gato, mas não é considerado um calmante para gatos estressados. Os florais são capazes de conferir certo conforto e equilíbrio em momentos difíceis da vida do bichano, como veremos a seguir.

Floral para gato estressado

Alguns momentos da vida dos animais podem gerar grande estresse. Alguns exemplos incluem uma mudança de casa, visitas ao médico-veterinário, receber uma visita em casa ou a chegada ou saída de um membro da família.

Somente o fato de entrar em uma caixa de transporte ou andar de carro já pode resultar em uma situação muito desconfortável para o felino. Nesses momentos, o floral para gato estressado pode ser indicado pelo médico-veterinário.

Floral para gato agressivo

Muitas vezes, os felinos, principalmente os que passaram por abandono e maus tratos, se tornam agressivos. Isso é uma defesa deles, e requer tempo e paciência por parte da família para que o bichano confie nos seres humanos novamente. O floral pode ser uma opção de como tratar estresse em gatos.


O medo também pode estar associado a algum trauma que o pet tenha sofrido. Foto: Pixabay


Floral para gato medroso ou traumatizado

O gato pode ter medo de qualquer coisa, desde barulhos de fogos de artifício até brinquedos ou outros gatos que convivem na mesma casa. O medo também pode estar associado a algum trauma que o pet tenha sofrido. Seja qual for a origem, o floral de Bach é indicado nessas situações.

Floral para gato hiperativo

Talvez o gato não apresente nenhum problema relacionado a agressividade ou medo, mas se ele não ficar quieto, o tutor pode querer uma solução. Lembre-se de que alguns felinos adoram brincar, principalmente os filhotes, e a diversão não pode ser confundida com hiperatividade.

Se você desconfia de que o seu gato tem algum problema de comportamento, pois ele é muito agitado, é importante consultar um médico-veterinário. Muitos comportamentos assim são resolvidos com exercícios e brincadeiras. Se necessário, porém, o profissional receitará um floral.

Floral para gato ciumento ou carente

A maioria dos gatos se apegam tanto aos seus tutores que podem se sentir carentes quando ficam sozinhos ou na presença de outros membros da família. Em ambos os casos, o floral para gatos contribui para o bem-estar do bichano.

O floral realmente funciona?

O floral para gatos funciona, mas deve ser prescrito por um médico-veterinário especializado. Embora existam florais prontos e de fácil acesso nos pets shops, eles podem não ser tão eficazes quanto um manipulado exclusivamente para o bichano em questão.

O efeito do floral vai depender das essências escolhidas para cada necessidade em particular. Por exemplo, ao elaborar um floral para gato estressado, é necessário conhecer o motivo do estresse. Se for por um trauma, recomenda-se adicionar certa essência; se for por medo, outra essência.

Como dar floral para o gato?

Os florais, de um modo geral, podem ser dados diretamente na boca. Contudo, como o gato tem o paladar muito apurado, provavelmente não vai aceitar. Então, pode-se colocar as gotas (conforme orientação médica) na água ou alimento úmido.

Se ainda assim o gato não aceitar, é melhor manipular o floral em glóbulos pequenos (como as medicações de homeopatia) ou com sabor, em farmácias veterinárias.

Floral para gato estressado

O floral para gato estressado ou para qualquer outro fim é uma terapia complementar e não substitui o tratamento convencional. Sempre busque orientação do médico-veterinário antes de oferecê-lo ao seu pet. 

Fonte: Petz


terça-feira, 17 de junho de 2025

Dermatite seborreica canina: o que é e como tratar?

Doença pode afetar cães de qualquer raça, incluindo os SRD (sem raça definida). Diagnóstico é feito por meio de avaliações clínicas 


Alguns sinais são discretos e outros mais evidentes. Foto: Divulgação 


A dermatite seborreica canina é uma doença comum que pode causar desconforto e alterações na aparência do animal. Ela pode afetar cães de qualquer raça, incluindo os SRD (sem raça definida). Alguns sinais são discretos, enquanto outros são mais evidentes e chamam a atenção dos responsáveis. 

O que é a dermatite seborreica canina?

A dermatite seborreica canina não surge de forma isolada. Ela é, na verdade, um desenvolvimento da seborreia, uma condição que afeta a pele do cão. A seborreia é caracterizada por alterações no ciclo de renovação celular e pelo aumento da produção de óleo pela glândula sebácea.

Quando a seborreia não é tratada adequadamente, ela pode evoluir para uma inflamação mais grave, conhecida como dermatite seborreica canina. Essa condição é marcada por intensa coceira e pela formação de feridas na pele do animal. Compreender a relação entre os dois problemas é fundamental para desenvolver um plano eficaz de tratamento e prevenção.

Classificações da dermatite seborreia canina

A dermatite seborreica em cachorro pode ser classificada em diferentes tipos com base nos sintomas e nas características apresentadas pelo animal. Isso é importante para o médico-veterinário determinar a melhor abordagem terapêutica. Confira os três principais tipos:

  • Dermatite seborreica canina seca: a pele do animal apresenta descamação excessiva, podendo ficar ressecada e descamando;
  • Dermatite seborreica canina oleosa: há um aumento anormal da produção de gordura na pele (sebo), o que pode levar a uma aparência oleosa;
  • Dermatite seborreica canina mista: é caracterizada pela presença simultânea dos sintomas anteriores, demandando um tratamento personalizado para cada condição.

A seborreia canina também pode ser classificada como primária ou secundária. A primária está relacionada a fatores genéticos e raciais. Alguns cães são mais propensos à doença, como Cocker Spaniel, Dachshund, Basset Hound, Golden Retriever, Labrador Retriever, Pastor-Alemão e West Highland White Terrier.

Na seborreia secundária, as causas são mais variadas. As principais razões incluem alergopatias e doenças endócrinas, nutricionais e parasitárias, além de infecções bacterianas e fúngicas.


O diagnóstico é feito através de avaliações clínicas. Foto: Divulgação


Sintomas da dermatite seborreica canina

A seborreia canina pode apresentar sintomas semelhantes, seja seca ou oleosa. Os principais sinais incluem coceira intensa, descamação e formação de crostas que desgrudam facilmente da pele, além de um cheiro forte e desagradável.

Além disso, a seborreia oleosa pode apresentar um excesso de gordura na pele, o que pode dar a impressão de que o pet está sempre molhado. Ao tocar a pelagem do animal, é possível sentir que ela fica engordurada e com um odor forte.

Com o avanço da seborreia, os sintomas podem piorar e levar à dermatite. Nesse caso, o cão pode apresentar feridas, vermelhidão da pele, rarefação pilosa (pelos ralos e finos) e áreas com queda de pelagem (alopecia) acentuada.

É importante buscar atendimento veterinário o mais rápido possível para saber o tratamento da dermatite seborreica em cachorro.

Diagnóstico e tratamento

Quando o pet apresenta esses sintomas, muitos responsáveis buscam informações sobre tratamento para dermatite seborreica em cães. O diagnóstico, tanto da seborreia quanto da evolução do quadro, é realizado por meio de avaliações clínicas.

Não há um tratamento para dermatite seborreica canina primária que seja definitivo, mas é possível estabilizá-la, controlando os sintomas. Já o tratamento do quadro secundário consiste em identificar e controlar a causa base, que pode ser uma doença endócrina, parasitária ou nutricional. Independente do quadro, apenas o médico-veterinário será capaz de fazer uma análise correta da condição, indicando o melhor tratamento.

Ao aprender como tratar seborreia em cachorro, é comum ver que os produtos que ajudam a reduzir a oleosidade, indicados para pets, são eficazes. Já os que promovem a renovação celular e removem escamas são ideais para cachorros com o quadro de base seca. Banhos com shampoos terapêuticos, assim como medicações orais, também podem fazer parte do cronograma terapêutico.

Além disso, algumas condições médicas, como doenças da tireoide ou problemas hormonais, podem levar a quadros semelhantes à seborreia. Por isso, não se assuste se o veterinário pedir exames complementares para descartar essas condições antes de iniciar o tratamento do pet.

Em caso de dúvidas procure um veterinário de sua confiança para consulta e exames.

Fonte: Petz

domingo, 15 de junho de 2025

De som ambiente a canal exclusivo: o que pets ouvem e assistem também importa

Músicas, sons e vídeos pensados para animais ajudam a reduzir o estresse e fortalecem a conexão entre humanos e bichos dentro de casa


O uso de vídeos neutros e trilhas sonoras contínuas promove conforto. Foto: Divulgação

Se você já deixou a televisão ligada para o seu cachorro não se sentir sozinho, saiba que essa prática ganhou status de estratégia real. Com programação voltada exclusivamente para o bem-estar dos animais, canais como a TV + Pet apostam em vídeos com sons suaves, movimentos lentos e músicas pensadas para estimular o relaxamento dos pets. E não é achismo. Um estudo publicado na revista Physiology & Behavior mostrou que cães expostos à música clássica passaram mais tempo deitados e em repouso, comportamento associado à redução de estresse em abrigos.

A proposta vai além de apenas “entreter”. A programação contínua tem como base princípios da musicoterapia e do enriquecimento ambiental — práticas já utilizadas em clínicas veterinárias, abrigos e creches, e que agora ganham espaço dentro de casa. 

Para André Faim, empresário do setor pet, cofundador da rede Lobbo Hotels, da Trabalhe pra cachorro e investidor da TV + Pet, o segredo está na intenção por trás dos estímulos. “O som certo acalma, o ritmo certo relaxa. Quando a gente fala de bem-estar animal, cada detalhe conta. Não é sobre distrair o pet, é sobre criar um ambiente mais seguro e equilibrado para ele”, afirma.

Um lar mais pet-friendly começa no som

O barulho da rua, a solidão quando os tutores saem para trabalhar e até ruídos domésticos como aspiradores ou fogões podem ser gatilhos de ansiedade para muitos cães. O uso de vídeos com elementos visuais neutros e trilhas sonoras contínuas é uma forma de suavizar esse impacto e promover conforto. E tem mais gente olhando para isso: empresas de tecnologia já estão investindo em soluções audiovisuais que se conectam com a rotina do pet — seja para mantê-lo calmo, entretido ou para criar transições mais suaves entre momentos do dia.

Além da TV, caixas de som com playlists exclusivas para cães, sensores que ativam estímulos em horários programados e luzes suaves conectadas à trilha sonora do ambiente já fazem parte do kit de inovação pet-friendly que começa a aparecer em casas mais adaptadas aos bichos. “Transformar a casa em um espaço acolhedor para o pet é uma extensão do cuidado. A gente já faz isso com crianças, por que não com os animais que também fazem parte da família?”, pontua Faim.

Estímulo na medida certa

A programação da TV + Pet inclui trilhas instrumentais, paisagens com movimentos suaves e vídeos com padrões pensados para não gerar agitação — o oposto do que se vê na maioria dos canais tradicionais. A ideia é simples: transformar o tempo que o animal passa sozinho em uma experiência mais confortável e positiva. “E isso também ajuda os tutores. Um pet menos ansioso é um pet mais fácil de lidar, com menos latidos, menos tensão e mais qualidade de vida no convívio com a família”, pontua.

Esse tipo de cuidado também pode ajudar no processo de socialização e educação comportamental. Ao reduzir a ansiedade, o animal se torna mais receptivo a interações e comandos, o que facilita o adestramento e a convivência com visitas, crianças ou outros animais. “O bem-estar emocional do pet é a base para tudo. Quando ele está calmo e se sente seguro, tudo flui melhor: desde a alimentação até o momento do passeio”, conclui Faim.

Sobre André Faim

André Faim é um empreendedor e investidor no setor pet. Sócio de empresas de investimentos e co-fundador da Lobbo Hotels, a maior rede de creches e hotéis pet do país, que hoje conta com 7 unidades na cidade de São Paulo. Ele começou sua jornada em 2016, investindo em uma creche para cães, e observando a informalidade do mercado, decidiu criar uma marca referência em serviços pet, combinando acolhimento e profissionalismo. Com experiência em diversas áreas, André também é investidor na Trabalhe pra Cachorro, focando em oferecer soluções especializadas e elevar o padrão de cuidados no setor.

Para mais informações, visite o Instagram.


Frente fria, riscos em alta: como o clima impacta a saúde dos pets

Clima frio favorece doenças respiratórias, dores articulares e queda de imunidade em cães e gatos


É recomendado que tutores façam uma avaliação veterinária preventiva no outono. Foto: Edjane Madza

Com a chegada do outono e a proximidade do inverno, os termômetros caem, os dias ficam mais curtos e os hábitos mudam – inclusive os dos animais de estimação. Menos dispostos a sair da cama e mais sensíveis a dores e infecções, cães e gatos precisam de cuidados especiais nos meses mais frios do ano, pois a queda de temperatura afeta diretamente a imunidade, o comportamento e o sistema osteoarticular dos pets.

Assim como os humanos, os animais também sentem os efeitos do frio, especialmente os filhotes, os idosos e aqueles que já possuem predisposição genética ou doenças crônicas. O frio provoca rigidez muscular e vasoconstrição (redução do calibre dos vasos sanguíneos) no organismo dos animais, aumentando a densidade e o acúmulo de líquido nas articulações e reduzindo a circulação de oxigênio pelos tecidos, aumentando as dores. O sistema imunológico fica mais vulnerável e o risco de infecções respiratórias aumenta. Por isso, o outono é o momento ideal para adotar medidas preventivas e garantir uma transição segura para o inverno”, explica a médica-veterinária e consultora técnica da rede de farmácias de manipulação veterinária DrogaVET, Farah de Andrade.

Dores articulares aumentam com o frio

Um dos efeitos mais frequentes do clima frio é o agravamento de dores articulares em cães e gatos. Animais com displasia coxofemoral, artrose, luxação de patela ou outras alterações ortopédicas sofrem com o enrijecimento muscular e a piora da mobilidade em temperaturas mais baixas. “Muitos tutores observam que o animal demora mais para levantar, evita subir escadas ou demonstra relutância para caminhar. Esses são sinais clássicos de dor articular, que podem ser intensificados com o frio”, alerta a veterinária.

Nessas situações, o controle da dor deve ser orientado pelo médico-veterinário. Anti-inflamatórios, analgésicos, condroprotetores e relaxantes musculares podem ser formulados em apresentações adaptadas a cada animal — desde cápsulas palatáveis e biscoitos até xaropes, caldas e molhos — favorecendo a adesão ao tratamento e a resposta clínica.

Fitoterápicos e nutracêuticos também podem ser prescritos: “Na DrogaVET, manipulamos ativos como a cúrcuma, o colágeno tipo II e o ômega-3 de alta concentração, que são aliados naturais no combate à inflamação e na manutenção da saúde das articulações”, explica Farah. Esses compostos, associados a uma rotina de exercícios moderados, ambiente aquecido e conforto térmico, ajudam a manter a qualidade de vida de cães e gatos durante os meses frios.

Imunidade em baixa: hora de reforçar a defesa natural do organismo

As temperaturas mais baixas também afetam a imunidade dos pets e, com o organismo mais suscetível, doenças respiratórias tornam-se comuns, especialmente em locais fechados, com baixa ventilação ou grande concentração de animais. Entre as doenças mais recorrentes estão a traqueobronquite infecciosa canina – popularmente conhecida como gripe canina – e a rinotraqueíte felina, que provoca espirros, secreção nasal, conjuntivite e falta de apetite nos gatos.

Essas enfermidades são altamente contagiosas e podem evoluir com complicações sérias, principalmente em animais não vacinados ou imunossuprimidos. Por isso, além de manter a vacinação em dia, é fundamental fortalecer a resposta imunológica com nutracêuticos manipulados sob medida para cada paciente, como própolis, beta-glucana, glutamina, zinco, vitamina C e vitamina E, que atuam diretamente na imunidade”, destaca Farah.


Manter o ambiente aquecido e disponibilizar caminhas e cobertores ajuda a manter o conforto térmico. Foto: Edjane Madza


Menos disposição para brincar e se exercitar

Com o frio, a rotina de exercícios e estímulos também costuma ser reduzida. Muitos cães evitam sair para passear e ficam mais sedentários, o que pode resultar em ganho de peso, aumento da ansiedade e piora de quadros articulares. Os gatos, por sua vez, tendem a dormir mais e se movimentar menos, o que exige atenção redobrada do tutor para evitar a obesidade e o tédio.

A recomendação é adaptar as brincadeiras para dentro de casa, estimulando o pet com brinquedos interativos, túneis, bolinhas recheadas com petiscos e circuitos improvisados. Além disso, manter o ambiente aquecido com caminhas elevadas, cobertores e roupas apropriadas para cães de pelagem curta pode ajudar a manter o conforto térmico e a disposição para o movimento.

Prevenção é o melhor cuidado: como se antecipar aos riscos da estação

A queda de temperatura também pode afetar a pele e os pelos dos animais, causando ressecamento, descamação e aumento da oleosidade. Os banhos devem ser menos frequentes no inverno, sempre com água morna, ambiente fechado e secagem completa para evitar quedas na temperatura corporal. O ideal é optar por xampus dermatológicos, que mantenham o equilíbrio da pele e evitem o surgimento de dermatites.

Farah orienta que os tutores façam uma avaliação veterinária preventiva ainda no outono, especialmente para animais idosos, com histórico de doenças respiratórias, articulares ou imunológicas. “Com um bom planejamento, é possível minimizar os impactos do frio e garantir que o pet passe pelos meses frios com saúde e bem-estar".

Soluções personalizadas e seguras

Referência em manipulação veterinária no Brasil, a DrogaVET oferece soluções individualizadas para os diferentes desafios de saúde enfrentados por cães e gatos no outono e no inverno. “Nosso trabalho é transformar o tratamento veterinário em algo seguro e eficaz, respeitando sempre a individualidade de cada paciente. Por isso, contamos com um portfólio amplo de nutracêuticos, fitoterápicos e medicamentos que podem ser manipulados em formas palatáveis e atraentes para os pets, facilitando a rotina dos tutores e promovendo qualidade de vida aos animais”, finaliza Farah.

Fonte: DrogaVET