quinta-feira, 30 de outubro de 2025

O coração dos pets pede cuidado

Doenças cardíacas podem ser silenciosas, mas hábitos saudáveis e suporte nutricional ajudam a proteger o bem-estar


O coração bate cerca de 100 mil vezes por dia em um humano. Nos cães e gatos, esse número pode ser ainda maior, dependendo do porte e da idade. Esse ritmo constante auxilia na manutenção da vida e no funcionamento de todo o organismo. Mas, quando a função cardíaca está comprometida, o impacto não se limita ao órgão. Pode comprometer até a vida do animal.

Nos pets, as doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morbidade e podem comprometer diretamente a qualidade e a expectativa de vida. Embora sejam mais comuns em animais idosos, problemas cardíacos também podem atingir adultos jovens e, em muitos casos, evoluem silenciosamente até apresentarem sinais evidentes.

Entre os sintomas que podem indicar alterações estão cansaço fácil, tosse seca persistente, especialmente a noite ou quando o animal está deitado, intolerância ao exercício, dificuldade respiratória, desmaios e até mudanças de comportamento, como apatia e menor disposição para brincar. “Muitas doenças cardíacas se desenvolvem de forma silenciosa, e quando o tutor percebe sinais claros, o quadro já pode estar avançado. Por isso, consultas de rotina são fundamentais para o diagnóstico precoce", explica Janaína Peres, médica-veterinária gerente de produtos da Avert Saúde Animal.

O diagnóstico precoce é um dos pilares para garantir mais qualidade de vida, mas a prevenção vai além das consultas periódicas. Manter o peso adequado, oferecer uma alimentação equilibrada e estimular atividades físicas compatíveis com a idade e a condição de saúde do animal são medidas essenciais para reduzir a sobrecarga do coração e preservar sua função ao longo do tempo.

A suplementação também desempenha um papel essencial nesse cenário. Entre os nutrientes estudados com maior evidência científica está o ômega-3, grupo de ácidos graxos essenciais que exerce papel anti-inflamatório e protetor do sistema cardiovascular. Em um estudo com cães portadores da doença de válvula mitral, por exemplo, a suplementação de ômega-3 reduziu significativamente a chance de arritmias e ajudou a manter os animais em estágios menos avançados da doença (Nasciutti et al., PLOS One, v.16, n.7, 2021).

Os benefícios do ômega-3 vão além do coração. Seus principais componentes, o EPA (ácido eicosapentaenoico) e o DHA (ácido docosahexaenoico), participam de processos fundamentais para o equilíbrio do organismo. O EPA está relacionado à redução da produção de substâncias inflamatórias, contribuindo para menor rigidez dos vasos sanguíneos e melhor controle da pressão arterial. Já o DHA atua diretamente na flexibilidade das membranas celulares, favorecendo a função cerebral e ocular, além de poder auxiliar na condução elétrica do coração

Estudos também indicam que o ômega-3 pode reduzir a liberação de citocinas pró-inflamatórias, como IL-1, associada à progressão de doenças cardíacas (Freeman et al., J Vet Intern Med, v.12, n.6, 1998). Outro ponto relevante é o papel na prevenção da caquexia cardíaca — condição caracterizada pela perda de massa muscular em pacientes com insuficiência cardíaca, que compromete não apenas o prognóstico, mas também a qualidade de vida (Freeman & Rush, J Vet Intern Med, v.21, n.1, 2007). Esses mecanismos ajudam a explicar os resultados observados na prática clínica: animais suplementados apresentam melhor tolerância ao exercício, mais disposição e até melhora do apetite em casos de insuficiência cardíaca.

Outro ponto importante é o uso preventivo. Em animais saudáveis, a suplementação pode ser uma estratégia para preservar a função cardiovascular antes que alterações clínicas sejam detectadas, apoiando também o sistema imunológico e a saúde cognitiva em fases mais avançadas da vida.

O avanço da nutrição veterinária tem possibilitado o desenvolvimento de soluções específicas para apoiar a saúde do coração dos pets, oferecendo aos tutores ferramentas adicionais para o cuidado preventivo. Esse movimento reflete uma mudança de paradigma: se antes a atenção se concentrava em tratar doenças já instaladas, hoje há uma valorização crescente de práticas que ajudam a evitar desequilíbrios e a prolongar a vida com qualidade.

Pensar em saúde cardiovascular é pensar em prevenção. Cuidar do coração desde cedo significa investir na possibilidade de aumentar a expectativa e a qualidade de vida dos pets.O papel do tutor é estar atento aos sinais, manter a rotina de acompanhamento e conversar com o médico-veterinário sobre as melhores estratégias de cuidado”, conclui Janaína.

Sobre a Avert Saúde Animal

A Avert Saúde Animal é uma divisão da inovadora farmacêutica Biolab e atua no mercado veterinário desde 2013 com o compromisso de colaborar com o acesso às melhores práticas farmacêuticas, para o desenvolvimento contínuo da medicina veterinária brasileira. Possui em sua linha: medicamentos, nutracêuticos e dermocosméticos para cães e gatos e o investimento em tecnologias de produção e busca pela inovação para a saúde e bem-estar animal é constante. Acesse: www.avertsaudeanimal.com.br e www.vidamaisromrom.com.br

Referências

Freeman LM, Rush JE, Kehayias JJ, et al. Nutritional alterations and the effect of fish oil supplementation in dogs with heart failure. J Vet Intern Med. 1998;12(6):440–448.

Freeman LM, Rush JE. Nutrition and cardiac cachexia in dogs and cats. J Vet Intern Med. 2007;21(1):3–7.

Nasciutti PR, Moraes AT, Santos TK, et al. Protective effects of omega-3 fatty acids in dogs with myxomatous mitral valve disease stages B2 and C. PLOS One. 2021;16(7):e0254887.

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Botafogo Praia Shopping inicia campanha de arrecadação para pets em parceria com a Cãorrijo

Iniciativa convida o público a fazer a diferença na vida de cães abandonados


Doe ração e medicamentos ou adote um pet. Foto: Divulgação


O cuidado com os animais é uma causa que mobiliza cada vez mais pessoas — e o Botafogo Praia Shopping abraça essa missão com uma nova iniciativa solidária. Uma caixa fixa para arrecadação de itens para pets está disponível no Espaço  Sustentabilidade, no 1º piso do shopping. A ação é realizada em parceria com a Cãorrijo, iniciativa que atua no resgate, acolhimento e adoção responsável de animais em situação de vulnerabilidade.

A campanha convida os clientes a doarem itens como camas, brinquedos, roupas, ração e potes para alimentação e hidratação, que serão destinados a pets que aguardam por uma nova chance na instituição. É também uma oportunidade para conhecer o trabalho da Cãorrijo, e, quem sabe, se apaixonar por um dos cãezinhos que estão disponíveis para adoção na sede do projeto, em Jacarepaguá.

Pet friendly

Ao longo do ano, o Botafogo Praia Shopping sedia feiras de adoção pet em parceria com a Cãorrijo a fim de auxiliar a adoção responsável. Além disso, o shopping é preparado para receber tutores e seus companheiros de quatro patas com conforto e segurança. Os animais são bem-vindos em todas as áreas comuns do shopping, com exceção das praças de alimentação, conforme as normas sanitárias.

O empreendimento conta ainda com sinalização especial para bebedouros e operações parceiras que também valorizam o cuidado com os pets. Lojas como Vivo, Loftstyle e Casa Bauducco disponibilizam potes com água fresca na entrada ou no interior da loja para manter os cãezinhos hidratados.

“Acreditamos que o shopping pode ser um agente de transformação social, e essa campanha reforça nosso compromisso com o bem-estar animal. Temos muito orgulho de sermos um espaço pet friendly, onde os animais são tratados com carinho e respeito”, afirma Isabella Colonna, gerente de marketing do Botafogo Praia Shopping.

A ação solidária acumula pontos no programa de benefícios aMais, uma forma simbólica de reforçar que pequenas atitudes podem gerar grandes impactos.

Botafogo Praia Shopping - Imagine um local com um variado mix de compras, alimentação e serviços. Junte uma vista deslumbrante para o mais belo cartão-postal da cidade e adicione charme e conveniência. Este é o Botafogo Praia Shopping, que há mais de 20 anos encanta os cariocas e turistas que chegam a Botafogo, um dos mais tradicionais bairros da cidade. Inaugurado em 23 de novembro de 1999, o Botafogo Praia Shopping faz parte da rotina de quem mora e/ou trabalha em Botafogo e bairros adjacentes na zona sul carioca. Sua localização é privilegiada. Além de estar a cinco minutos da Estação de Metrô Botafogo e a apenas 15 minutos do Aeroporto Santos Dumont, o shopping fica localizado em frente ao Pão de Açúcar, um dos principais pontos turísticos da cidade e conta com um mix completo que atende a um público qualificado, composto por executivos e profissionais de empresas em seu entorno, além de famílias e moradores da região.  #BotafogoPraiaShopping

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Estresse Felino: Como proteger o bem-estar dos gatos

Situações comuns do dia a dia podem ser suficientes para gerar tensão como mudanças de casa, reformas, novos móveis ou mesmo a chegada de visitas


Alterações repentinas de comportamento podem sinalizar estresse. Foto: Divulgação


Os gatos são animais extremamente sensíveis e territoriais, capazes de perceber até mesmo pequenas mudanças em seu ambiente. Alterações repentinas de comportamento, como se esconder, miar em excesso ou demonstrar agressividade, podem ser sinais de que o felino está passando por estresse – um problema que vai muito além de simples reações comportamentais.

O estresse prolongado pode comprometer a saúde física, enfraquecer o sistema imunológico e até desencadear doenças urinárias, problemas de pele e alterações no apetite”, alerta a médica-veterinária Marina Tiba, gerente de Produtos da Unidade de Animais de Companhia da Ceva Saúde Animal.

Causas do estresse em gatos

Situações comuns do dia a dia podem ser suficientes para gerar tensão. Mudanças de casa, reformas, novos móveis ou mesmo a chegada de visitas ou novos moradores alteram o território que o gato reconhece como seguro, provocando desconforto.

A convivência com múltiplos gatos também merece atenção: disputas por caixas de areia, brinquedos, água, comida ou locais de descanso são gatilhos frequentes para conflitos. “Nesses casos, oferecer múltiplos recursos para cada gato é fundamental para reduzir disputas e criar um ambiente mais harmonioso”, explica Marina.

Além disso, fatores externos como barulhos intensos, fogos de artifício, visitas frequentes ou a ausência prolongada do tutor podem afetar diretamente o equilíbrio emocional dos felinos.

Sinais de alerta

Identificar os sinais de estresse é o primeiro passo para proteger a saúde emocional dos gatos. Entre os mais comuns estão agressividade, vocalização excessiva, perda de apetite, tendência a se esconder e lambedura compulsiva, que pode levar à queda de pelos. “Esses comportamentos indicam que o animal está tentando lidar com uma situação que não consegue controlar, reforçando a importância de ajustes no ambiente, no manejo diário e da busca por orientação de um médico-veterinário especializado”, destaca Marina.

Estratégias para reduzir o estresse

Existem diversas formas de promover o bem-estar felino em casa. O enriquecimento ambiental é uma das principais: arranhadores, brinquedos interativos, prateleiras e esconderijos ajudam o gato a explorar o espaço de forma segura e estimulante. Além disso, o tempo de brincadeira com o tutor fortalece o vínculo, proporciona diversão e segurança emocional, reduzindo consideravelmente o estresse.

Outro recurso eficaz é o uso de feromônios sintéticos. “Os feromônios são sinais químicos naturalmente produzidos pelos felinos, que transmitem mensagens de segurança, bem-estar e território. As versões sintéticas, que imitam esses sinais, ajudam na adaptação a situações desafiadoras, trazendo mais serenidade e equilíbrio”, explica a veterinária.

Mais confiança, menos estresse

Ao reconhecer os sinais de estresse e adotar estratégias de prevenção, é possível transformar a rotina dos gatos, tornando-os mais confiantes, relaxados e felizes.

Fonte: www.ceva.com.br


sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Como cuidar da pele e da pelagem do seu pet

Pequenos cuidados diários, aliados a nutrientes e suplementos estratégicos, auxiliam na manutenção da saúde da pele e redução da queda de pelos


O cuidado com a pele e a pelagem vai muito além da beleza. Foto: Divulgação

Quem convive com cães e gatos sabe: nada é mais preocupante do que ver o pet se coçando sem parar, perdendo tufos de pelo ou apresentando vermelhidão na pele. Esses sinais podem parecer simples, mas muitas vezes escondem alergias, dermatites e até carências nutricionais. O cuidado com a pele e a pelagem vai muito além da beleza — é uma questão de saúde e bem-estar.

O primeiro passo é sempre manter uma rotina de higiene adequada. O banho deve ser feito com produtos próprios para pets, que respeitam o pH da pele dos animais e não causam ressecamento. Shampoos que tenham na composição a aveia coloidal, conhecida por suas propriedades calmantes, hidratantes e protetoras, podem ser usados por cães e gatos que possuam disbiose cutânea. “A aveia tem ação antioxidante, reduz irritações e ajuda a manter a barreira cutânea íntegra, sendo especialmente indicada para animais com tendência a alergias e coceiras, e com infecções de pele recorrentes devido à disbiose cutânea. Produtos que utilizam esse tipo de ativo, proporcionam limpeza suave sem remover os lipídios naturais da pele, garantindo hidratação e conforto após o banho, além de auxiliar na recomposição do microbioma cutâneo”, conta Lucas Piza, médico- veterinário coordenador de produtos da Avert Saúde Animal.

Além da higiene, a hidratação é essencial. Existem loções e sprays formulados especialmente para pets, contendo ativos que nutrem e fortalecem a pele, além de reduzir a perda de água, deixando-a mais resistente e saudável.

Mas não é só por fora que se cuida da pele dos pets: a alimentação e a suplementação também têm papel fundamental. “Fórmulas ricas em cistina que ajudam na produção de queratina e ceramidas (que são proteínas estruturais fundamentais para o crescimento saudável dos pelos), além do extrato de levedura e vitaminas B5 e B1 que auxiliam na integridade da barreira cutânea e na regeneração cutânea, são especialmente úteis na prevenção da queda de pelos e em fases de troca sazonal, promovendo uma pelagem mais densa, brilhante e resistente”, detalha o profissional.

Os probióticos também desempenham um papel estratégico no cuidado com a pele, ajudando a equilibrar a microbiota intestinal e fortalecendo a barreira imunológica cutânea. Suplementos com extrato de Euglena gracilis que atua como um prébiotico também contribuem, além dos probióticos, para o suporte imunológico da pele de cães e gatos, promovendo saúde de dentro para fora e auxiliando nas defesas naturais da pele e na manutenção da integridade cutânea.

Na prática, o tutor pode potencializar os cuidados com a pele e pelagem do pet com pequenas mudanças no dia a dia: escolher shampoos adequados, dar banhos na frequência indicada pelo médico-veterinário, escovar a pelagem regularmente, oferecer uma alimentação de qualidade e, quando necessário, incluir suplementos que reforcem a saúde cutânea.

Cuidar da pele e da pelagem não é apenas uma questão estética, um pet sem coceiras, pele saudável e pelagem brilhante é também um animal mais confortável, ativo e feliz. E hoje, com produtos e ativos específicos desenvolvidos para eles, é possível oferecer um cuidado muito mais eficaz e seguro. Afinal, quando o assunto é saúde da pele, suavidade e ciência precisam andar de mãos dadas.

Fonte: www.avertsaudeanimal.com.br e www.vidamaisromrom.com.br

 

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Guardiões do Pantanal: das cinzas ao renascimento da biodiversidade silvestre

Campanha do Instituto Ampara Animal busca recursos para devolver animais vítimas de queimadas e pressões humanas no Pantanal Norte


 A recuperação do bioma pode levar décadas. Foto: Ampara Animal


O Instituto Ampara Animal lançou a campanha “Guardiões do Pantanal – das cinzas ao renascimento da biodiversidade silvestre”, uma iniciativa de arrecadação que tem como objetivo reunir R$ 100 mil. O valor será destinado integralmente à Base de Atendimento Ampara Pantanal (BAAP), instalada na Transpantaneira (MT), única estrutura da região voltada ao resgate, reabilitação e soltura de animais silvestres afetados pelos incêndios e outras interferências humanas, como o atropelamento de fauna. A quantia arrecadada será dobrada pela organização parceira Gift Aid.

As queimadas no Pantanal vêm causando impactos diretos sobre a fauna local. Estudos apontam que até 45% da população de onças-pintadas foi afetada pelos incêndios de 2020, com perdas em áreas de vida e reservas naturais. Além das onças, espécies como araras-azuis, tamanduás, cobras, sapos e pequenos roedores sofrem com a destruição de habitat, escassez de alimento e riscos de queimaduras. A recuperação do bioma pode levar décadas, devido à degradação da vegetação e de áreas de nascentes.

A BAAP nasceu em 2020, após os incêndios mais severos da história do Pantanal em quase 50 anos, quando a equipe do Instituto realizou mais de 450 atendimentos de animais feridos. Inaugurada em 2023, a base mantém atividades de recebimento, tratamento, abrigo e treinamento para soltura da fauna silvestre, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Mato Grosso (SEMA-MT). Atualmente, o principal objetivo da campanha é viabilizar o retorno de Tupã, uma onça-parda resgatada ainda filhote em 2023. O animal está em processo de treinamento para reintegração à natureza e necessita de equipamento de monotoramento, como colar e antena, orçados em aproximadamente R$ 200 mil, para ser solto com segurança.

Outros animais, como os tamanduás-bandeira Mavi, Bandeirinha e Kaluanã, também permanecem em treinamento na BAAP, onde passam meses em acompanhamento antes de serem devolvidos ao habitat natural. A campanha prevê ainda a construção de novos recintos para ampliar a capacidade de atendimento.

A iniciativa marca os 15 anos do Instituto Ampara Animal, período em que a organização desenvolveu ações de proteção e conservação que impactaram milhões de animais.

As doações podem ser realizadas no site oficial: institutoamparanimal.org.br/guardioes-do-pantanal. Além da contribuição financeira, o público é convidado a compartilhar os conteúdos da campanha nas redes sociais, gravar vídeos de apoio e enviar o link de doação a familiares e amigos.


segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Senado terá audiência pública sobre riscos e impactos da exportação de animais vivos

Comissão de Meio Ambiente do Senado recebe diretores de ONGs e especialistas para discussão sobre o tema nesta terça-feira, dia 19 de agosto, a partir das 9h



A exportação de animais vivos pela via marítima, seus riscos e impactos, será o tema de uma importante audiência pública no Senado, prevista para ocorrer na Comissão do Meio Ambiente nesta terça-feira, dia 19 de agosto, às 9h.

A iniciativa, requerida pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), parte da necessidade de informar o Parlamento e a sociedade sobre as consequências desta atividade para o bem-estar animal, o meio ambiente, a segurança e a economia.

Tema - Audiência pública no Senado Federal: "Impactos e riscos da exportação de bovinos vivos no Brasil"

Onde - Comissão de Meio Ambiente do Senado

Quando - Dia 19/08 (próxima terça), às 9h

Como assistir - Através deste link:

www12.senado.leg.br/ecidadania

Convidados para o debate:

Vania Plaza Nunes, diretora técnica do Fórum Animal e médica-veterinária

George Sturaro, diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas da Mercy For Animals no Brasil;

Leticia Filpi, coordenadora do Grupo de Advocacia Animalista Voluntária e diretora jurídica da Agência de Notícias de Direitos Animais;

Maira Luiza Spanholi, professora da Universidade do Estado do Mato Grosso(UFMT).

A audiência pública vai discutir vários temas:

» O sofrimento animal no transporte marítimo, que envolve longos períodos de confinamento, além de condições precárias e adversas;

» Riscos ambientais e de segurança, considerando as embarcações que transportam animais vivos;

» Poluição do ar e das águas, bem como a ligação indireta com o desmatamento e outros impactos socioambientais;

» Fundamentos jurídicos para a proibição da exportação de animais vivos por via marítima;

» As repercussões econômicas dessa atividade.

A exportação de animais vivos é alvo de crescente debate público no Brasil e no mundo. Mais de 2.300 bovinos morreram nos últimos cinco anos durante o transporte em navios para serem exportados a partir de portos brasileiros, segundo dados noticiados por veículos de imprensa em julho.

Em apenas em uma viagem realizada pelo navio Nada, em março de 2024, 108 animais não resistiram — o maior número de mortes em uma única travessia marítima no período (de 2020 até 2025).

Sobre a entidade

O Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal (Fórum Animal) é uma organização sem fins lucrativos, fundada há 25 anos, formada por uma equipe multidisciplinar que inclui médicos-veterinários, advogados, biólogos, profissionais de comunicação e marketing, geógrafos e pesquisadores de diversas áreas. 

Nossa missão é sensibilizar e transformar a sociedade, buscando erradicar o sofrimento, a crueldade e as piores práticas contra os animais. Nossa equipe dá suporte ao desenvolvimento de várias ações de proteção e defesa animal. 

Estamos comprometidos com a promoção de um mundo onde os direitos e o bem-estar dos animais sejam respeitados, intervindo ativamente, advogando por políticas públicas, promovendo educação e conscientização para transformar a relação entre humanos, animais e ambiente.


Gatos conquistam os lares do País

Arquiteta dá dicas de como criar um espaço acolhedor e protegido para os felinos, os novos protagonistas das famílias brasileiras


Tutor deve adaptar a casa às necessidades e ao comportamento dos gatos. Foto: Pexels

Já existiu um mundo onde seres humanos preferiam ter cães em casa ao invés de gatos. É possível ser fã de um ou de outro, ou até mesmo dos dois, mas quem será que está mais presente nas casas dos brasileiros: felinos ou caninos?

De acordo com o IBGE, em 2019, o país contava com 54 milhões de cães e 24 milhões de gatos. Pesquisas da FGV, em parceria com a Comac, indicam que esse número deve crescer 26% até 2030, o que significaria 70,9 milhões de cães e 41,6 milhões de gatos. Mas o cenário atual já surpreende: a Abinpet estimou que, em 2023, o Brasil tinha cerca de 68 milhões de cães e 34 milhões de gatos

Segundo a arquiteta Rose Chaves, especialista em design de interiores, quem opta por ter gatos precisa adaptar a casa às necessidades e ao comportamento dos animais para que eles se sintam verdadeiramente acolhidos. “Esses bichos são escaladores natos e adoram explorar alturas. Uma boa dica é instalar prateleiras ou pequenas escadas nas paredes, criando trajetos verticais para os felinos. Para incentivá-los, é possível até posicionar petiscos ou ração no topo desses locais, o que também estimula a atividade física, mesmo nos mais preguiçosos”, explica a arquiteta.

Outra ideia prática é incluir nichos abertos nas paredes, que permitem aos gatos caminhar e explorar de forma natural. Segundo Rose, esses nichos, geralmente posicionados acima de móveis como sofás, também otimizam o espaço da casa enquanto oferecem diversão aos pets.

Os sofás, no entanto, são uma preocupação comum, afinal de contas, esses animais adoram arranhar superfícies macias, e para minimizar os danos, Rose recomenda tecidos mais resistentes, como suede, couro ou camurça. Materiais como linho, couro sintético e algodão devem ser evitados, já que são mais vulneráveis às garras afiadas. “Também é essencial ter arranhadores em casa, que podem ser encontrados em diversas versões nos petshops, desde modelos simples até os mais lúdicos. Eles ajudam os gatos a desgastar as unhas e preservam os móveis da casa”, acrescenta.

Para quem vive em apartamentos, a segurança é primordial. “Colocar telas em todas as janelas, além de dar um charme a mais, é indispensável. Eles são muito curiosos e podem se distrair com pássaros ou insetos do lado de fora, o que pode levar a acidentes graves”, alerta Rose.

Outra dica importante é oferecer uma cama confortável e bem posicionada. Os gatos só deixam de dormir no sofá ou em outros locais da casa quando encontram uma caminha que realmente os agrade. “A cama precisa ter o tamanho ideal para que o gato possa dormir esparramado, mas também oferecer conforto nos momentos em que ele preferir se encolher. Minha dica é posicionar em um local calmo, com pouca movimentação, para que ele se sinta seguro e relaxado, assim é possível ornar com a decoração da casa sem fazer muito esforço”, orienta.

E claro, elementos como cortinas e móveis também exigem atenção. “Prefira modelos de enrolar ou erguer, que são mais práticos e seguros”, sugere. “Na marcenaria, minha recomendação é buscar por madeiras mais duras, como carvalho, ipê ou cumaru, pois elas minimizam os danos causados pelos arranhões nos móveis e portas”, finaliza.