quinta-feira, 21 de abril de 2022

Rio pode ter maior hospital público veterinário da América Latina

Informação foi dada pelo governo numa audiência pública realizada pela Alerj na qual se debateu ações em defesa dos animais

Hospital deve ser inaugurado em 2023. Foto: Tiago Lontra / Alerj

Com previsão de inauguração para 2023, o Estado do Rio terá o maior hospital público veterinário da América Latina, com especialidades de oftalmologia, oncologia, ortopedia e internação. A informação foi dada pelo secretário municipal de Proteção e Defesa dos Animais do Rio, Vinícius Cordeiro, durante a audiência pública da Comissão de Meio Ambiente (CDMA), presidida pelo deputado Gustavo Schmidt (Avante), realizada nesta terça-feira (19/04).

Ainda segundo o secretário, a maioria da demanda é por procedimentos de ortopedia devido a casos de atropelamento de animais, além de ser um serviço mais caro e que a população carente não tem acesso. “Nós precisamos urgentemente da construção de rede de saúde de bem-estar animal no Rio e no interior do estado. Estamos no processo de construção do maior hospital universitário da América Latina, que provavelmente será na Zona Norte da cidade do Rio. O projeto inicial já está pronto e estamos indo para a segunda fase, que é o processo de licitação do edifício, que terá três andares”, explicou.

Durante a audiência, protetores e criadores de animais foram unânimes ao defender o uso de microchips nos animais domésticos, um dispositivo introduzido no animal contendo os dados da pessoa responsável pelo animal. “Os microchips seriam uma grande saída, porque a pessoa que adota um animal microchipado pensaria duas vezes antes de abandoná-lo, uma vez que abandono é considerado crime de maus-tratos”, comentou o criador Elísio Paiva.

Disque-denúncia em defesa dos animais

O presidente do colegiado, Gustavo Schmidt (Avante), propôs a elaboração de dois projetos de lei para serem debatidos e votados pela Casa. “Saímos com diversas ideias desta reunião, entre elas um número de três dígitos para denúncia de maus-tratos e de qualquer outro tipo de crime, e outro para a microchipagem dos animais, como forma de inibir o abandono e controlar a natalidade dos animais de rua”, ressaltou. O parlamentar também informou que o estado do Rio tem quase três milhões e meio de animais abandonados, entre cães e gatos. O deputado Carlos Minc (PSB) também participou do debate de forma virtual.

Texto: Juliana Mentizingen / Alerj

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