quarta-feira, 11 de abril de 2018

Gatos: Saiba tudo sobre esporotricose

*Por Bruna Franco e Vinícius Cordeiro




Rio de Janeiro, RJ. Causada por um fungo, a esporotricose é uma micose que pode afetar animais e humanos. O Rio tem tido surtos da doença, desde o início dos anos 90, especialmente em gatos. Há tratamento, e o diagnóstico dos animais pode ser feito na maioria das clínicas veterinárias. Por isso, não abandone, maltrate ou sacrifique o animal com suspeita da doença. Procure o tratamento adequado e se informe sobre os cuidados que deve ter para cuidar de seu animal sem colocar em risco a própria saúde.

Nos gatos, as manifestações da doença são variadas. Os sinais mais observados são as lesões ulceradas na pele, ou seja, feridas profundas, geralmente com pus, que não cicatrizam e costumam evoluir rapidamente; animais contaminados, como os gatos, também transmitem a doença, por meio de arranhões, mordidas e contato direto da pele lesionada.



O homem pega o fungo geralmente após algum pequeno acidente, como uma pancada ou esbarrão, ou ainda, por arranhões e mordidas de animais que já tenham a doença ou o contato de pele diretamente com as lesões. Mas, vale destacar: isso não significa que os animais doentes não devam ser tratados, pelo contrário. A melhor solução para evitar que a doença se espalhe é cuidar dos animais doentes, adotando, para isso, algumas precauções simples, como o uso de luvas e a lavagem cuidadosa das mãos.

Uma boa higienização do ambiente pode ajudar a reduzir a quantidade de fungos, sendo também importante não manusear demais o animal, usar luvas e lavar bem as mãos. Em caso de morte dos animais doentes, não se deve enterrar os corpos, e sim incinerá-los, para evitar que o fungo se espalhe pelo solo. Há atendimentos de baixo custo e alguns gratuitos.

No Rio, o Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman também pode contribuir com informações e atendimento. O IJV fica na Av. Bartolomeu Gusmão 1.120, em S. Cristóvão. O contato é: ijv@rio.rj.gov.br ; As ONGs tem feito esse atendimento, e os protetores podem orientá-lo quanto ao correto manuseio, que preserve a saúde dos animais.

*VINICIUS CORDEIRO é advogado, e ex secretário municipal de proteção animal do RJ; BRUNA FRANCO é ativista, dirigente da ADDAMA. Contatos: viniciusadv@globo.com e brunafrancoativista@gmail.com

OBS: Coluna originalmente publicada no Jornal O POVO

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